A Saga de Bíu Sanfoneiro

A Saga de Bíu Sanfoneiro

Antes que me chamem de mentiroso, gostaria de garantir que, em algum lugar do multiverso, essa história que vou contar aconteceu tin-tin por tin-tin como está descrita aqui! Pena que não foi nesta nossa linha do tempo, apesar da incrível semelhança com o nosso universo. Então, vamos lá!

Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Natal no Rio Grande do Norte foi o palco de uma história que mudaria para sempre os rumos da música mundial.

Nessa época, a pacata capital potiguar se transformou num importante ponto estratégico com a construção da base aérea de Parnamirim. Soldados americanos de todas as partes dos Estados Unidos começaram a chegar, trazendo suas culturas e, claro, seus instrumentos musicais. No entanto, eles não esperavam encontrar algo que mexeria tanto com suas almas: o forró.

Na cidade, havia um sanfoneiro excepcional chamado Abílio, conhecido carinhosamente como “Bíu Sanfoneiro”. Bíu era fascinado pelos carros de luxo que os generais americanos desfilavam pela cidade e, inspirado por esses veículos imponentes, compôs uma música chamada “Forró Carrão de Classe”. Ele tocava essa música com frequência no famoso estabelecimento de Dona Maria Boa, onde aconteciam as reuniões de estratégia mais sigilosas dos militares americanos.

Entre os soldados, havia um jovem chamado William John Clifton Haley, que se mostrava especialmente empolgado com as músicas de Bíu Sanfoneiro e com as amizades que fazia no Maria Boa. Willian também apreciava muito as bebidas locais produzidas pela fermentação da cana-de-açúcar oriunda do rico solo massapê potiguar. William era cativado pelo ritmo vibrante e contagiante do forró de Bíu Sanfoneiro e passava horas dançando e se divertindo ao som da sanfona.

Quando a guerra terminou e William voltou para os Estados Unidos, ele não conseguia esquecer os melhores momentos de sua vida, vividos na esplendorosa Cidade do Sol. Os riffs de “Forró Carrão de Classe” não saíam da sua mente. Com seu violão em mãos, ele começou a adaptar aqueles riffs para a guitarra, fundindo-os com as influências do country e do blues que já conhecia.

Inspirado por seu amigo e maior influência musical, Bíu Sanfoneiro, William adotou o nome artístico de “Bill Haley”. Ele formou uma banda, que chamou de “His Comets”, em homenagem aos “Risca Faca”, animados forrós que adorava frequentar quando estava no Brasil.

Em 1954, Bill Haley lançou sua adaptação de “Forró Carrão de Classe” sob o nome de “Rock Around the Clock”. A música foi um sucesso estrondoso, cativando audiências ao redor do mundo e dando início à história do rock and roll. Com o sucesso, Bill Haley adaptou outras músicas de Bíu Sanfoneiro que também se tornaram grandes sucessos, como “Seu fulêra!”, traduzida como “See You Later, Alligator”, “Se aquieta minino”, adaptada para “Skinny Minnie”, e “Reza um terço”, que ficou como “Razzle Dazzle”.

Bíu Sanfoneiro seguiu sua vida humilde, embalando as noites com seus floreios e aquecendo os corações de quem parava para ouvir sua música. Bíu nunca mais teve notícias do seu querido amigo americano e nunca recebeu crédito ou remuneração por suas canções. Bíu morreu na pobreza, ainda acreditando na bondade e boa fé de seu fã americano.

ME1 é lasca!

ME1 querendo pegar 16G em ASA I para uma colecisté VLP em day hospital. Ele perdeu com um 20 e eu acabei salvando com um 22.

Organizamos ECG, PNI e SPO2. Aspirei tudo e pedi para ele injetar o propofa, o fenta, a xylo e o BNM. IOT 7,5 c/ cuff confirmada com ETCO2.

ME1 olha para um BRD no ECG e fala que é um BRE e já desespera pensando que era um IAM. Minha gente! Era só um BRD que o paciente já tinha avisado na APA. Insistiu para desligar o TOF com medo do choquinho induzir uma FV. Imagina a viagem!?!

Começou a falar em fazer RPTA no meio da cirurgia. Já começa que o nome não é RPTA é RTPA. Mandei fazer a ficha e ir almoçar. Tadinho. Devia ser fome.

Quinze minutos depois, o ME2 entra na sala para fofocar que o FDP do ME1 tava falando mal de mim lá no refeitório. PQP!

Hoje vai ficar sentado fazendo ficha. LOL!


É muita sigla nessa fábula né?

Se você conseguiu rir é porque já passou do ME1. 🤣

Foto de Andrea Piacquadio no Pexels