Princípio da assimetria da baboseira

Two people having an argument

Princípio da assimetria da baboseira

“A quantidade de energia necessária para refutar uma baboseira é maior em ordem de grandeza que a necessária para produzi-la”

A Terra é plana! A vacina X não funciona! Medicamento Y funciona para COVID-19! Não devemos usar máscaras pois elas causam hipóxia!

É tão fácil e barato soltar uma frase mentirosa ou sem sentido. Mas exige muito esforço tentar refutar cada uma delas. Simplesmente injusto.

Na realidade, a lei de Brandolini, outro nome para o princípio, trata-se mais de um adágio da internet do que um princípio formal e científico. Mas eu nunca tinha sentido ele tão verdadeiro e presente como nos últimos anos.

Topei em uma página da Wikipedia de título “Galope de Gish”. Segundo a Wikipedia “O galope de Gish é uma estratégia retórica usada em debates que se concentra em soterrar o oponente com tantos argumentos quanto possível, sem levar em conta a qualidade ou a força dos argumentos”.

Isso lhe soa familiar? Sabe aquela discussão em que você mal retruca o primeiro argumento e o debatedor já emenda com um “E o X? E o Y?” até você dizer que vai pesquisar mais um pouco pois não tem a resposta ali pronta? Ao que o seu debatedor sorri se declarando vitorioso e de posse de uma “verdade” inquestionável, ficando assim claro que o interesse dele não era crescer com o debate mas apenas se afundar em seu castelo de baboseiras.

Quando as discussões têm pouca importância na vida cotidiana fica fácil ignorá-las. Mas, e quando essas pessoas estão exercendo influência em outras sobre assuntos muito importantes que podem colocar elas e os demais em risco?

Açúcar é o problema para o diabético?

foto de xícara de café com leite

Açúcar é apenas UM dos problemas.

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Primeiros resultados das fiscalizações dos CRMs

Os CRMs intensificaram a fiscalização das unidades de saúde em todo Brasil. Alguns resultados foram divulgados na edição de Janeiro/2015 do Jornal Medicina do CFM. Continue lendo “Primeiros resultados das fiscalizações dos CRMs”

Médicos contam tudo. E não é bom.

Médica conversando com uma paciente

“Mas há uma questão mais profunda aqui, uma colisão de necessidades desarticuladas e medos. Os médicos têm visto o seu poder corroído pelos planos de saúde, por diretrizes nacionais de tratamento (guidelines), pela burocracia hospitalar, e agora eles têm de lidar com os pacientes que se sentem recém empoderados. Os pacientes, por sua vez, querem o prestígio e o conforto; eles se sentem tanto desafiadores quanto dependentes. E assim cada lado exerce o poder de forma passiva (ou passivo-agressiva), e talvez até de forma inconsciente.”

Fonte: Doctors tell all. And it’s Bad.

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